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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Estudo mostra importância do ácido fólico na prevenção da Síndrome de Down.


Tomar ácido fólico durante pelo menos três meses ininterruptos, antes e depois de engravidar, é o que aconselha o ginecologista e obstetra do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) da Unicamp Ricardo Barini às mulheres que desejam ter filhos.

O médico garante que a precaução pode reduzir o risco de gerar bebês com Síndrome de Down (SD). Dados de pesquisa recente sobre o comportamento da enzima Metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR), responsável pela metabolização do ácido fólico no organismo humano, atestam este fator.

A pesquisa foi idealizada pela médica do Departamento de Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas Carmem Bertuzzo e realizada em conjunto com o Caism.Segundo o estudo, as mutações no gene da enzima resultam em menor atividade funcional e reduzem a quantidade de ácido fólico disponível para a duplicação celular.

"Não há dúvidas de que a prevenção é necessária e, neste caso, a ingestão da vitamina é fundamental", alerta Barini.

Muitas vezes, explica, as mulheres iniciam a suplementação vitamínica após as primeiras semanas de gestação, o que não seria o adequado, pois as alterações no feto ocorrem no início da gravidez.A pesquisa "Mutações do gene codificador da enzima Metilenotetrahidrofolato redutase e sua associação com a trissomia do cromossomo 21", conduzida pelos médicos Gregório Lourenço Acácio, Ricardo Barini, Carmen Sílvia Bertuzzo, Egle Couto de Carvalho, Walter Pinto Junior e Joyce Maria Annichino-Bizzacchi recebeu, recentemente, o Prêmio Campos da Paz, conferido anualmente pela Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. O trabalho será publicado na revista Climatério e Reprodução, a mais importante da especialidade em língua portuguesa.ProbabilidadesO estudo contemplou um grupo de 88 mães que tiveram seus filhos normais e sem histórico de abortos e outro composto de 70 mulheres em que os bebês nasceram com a Síndrome. Segundo o estudo, o grupo das mães de portadores da anomalia possui proporção maior de mulheres com mutações enzimáticas, se comparado às mulheres com filhos normais. Por isso, os resultados levaram a constatar que as portadoras das mutações têm nove vezes mais probabilidade de ter filhos com SD por produzirem menor quantidade de ácido fólico. Nas mulheres com idade superior a 35 anos, o risco fica em torno de cinco ou seis vezes maior que a população em geral.O déficit da vitamina interfere na produção do DNA que, ao ser duplicado no processo de divisão celular, não é distribuído de modo igualitário entre as diversas células filhas. Desta forma, a separação dos cromossomos nas primeiras divisões celulares do embrião ocorre de forma inadequada, levando uma célula a permanecer com um cromossomo 21 extra e outra célula com menos um deste par cromossômico. O embrião que fica com o cromossomo excedente resultará numa criança com Síndrome de Down.Ácido fólicoBarini explica que o ácido fólico não tem contra-indicação, não causa efeitos colaterais e não estimula o aumento de peso. A sua ingestão, tradicionalmente, é recomendada pela medicina para prevenir defeitos de fechamento do tubo neural dos bebês durante a gestação, que pode provocar, entre outros problemas, a abertura dos pontos da coluna vertebral. Também nestes casos, para se fazer uma prevenção adequada, ingestão da vitamina deve ocorrer antes de engravidar. "As divisões celulares ocorrem nas primeiras semanas de gravidez. As mulheres que tomam o ácido fólico depois do resultado do teste de gravidez correm o risco da anomalia já estar em processo", esclarece Barini. Diversos estudos apontam ainda a relação entre a deficiência do ácido fólico com câncer do cólon, leucemia, doenças mieloproliferativas e certas enfermidades crônicas da pele.A trissomia do cromossomo 21, um distúrbio que ocorre em um a cada 800 nascimentos, é provocado por um cromossomo extra no par número 21. A incidência da Síndrome de Down em mulheres aumenta com a idade. "Aos 35 anos uma em cada 250 mulheres uma tem chance de gerar bebês com a trissomia do cromossomo 21", diz Barini. Acima dos 40 anos a proporção aumenta para uma entre 50 mulheres. Aos 45, uma em cada 25 mulheres tem chances de terem filhos com SD. .Tomar ácido fólico durante pelo menos três meses ininterruptos, antes e depois de engravidar, é o que aconselha o ginecologista e obstetra do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) da Unicamp Ricardo Barini às mulheres que desejam ter filhos. O médico garante que a precaução pode reduzir o risco de gerar bebês com Síndrome de Down (SD). Dados de pesquisa recente sobre o comportamento da enzima Metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR), responsável pela metabolização do ácido fólico no organismo humano, atestam este fator. A pesquisa foi idealizada pela médica do Departamento de Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas Carmem Bertuzzo e realizada em conjunto com o Caism.Segundo o estudo, as mutações no gene da enzima resultam em menor atividade funcional e reduzem a quantidade de ácido fólico disponível para a duplicação celular. "Não há dúvidas de que a prevenção é necessária e, neste caso, a ingestão da vitamina é fundamental", alerta Barini. Muitas vezes, explica, as mulheres iniciam a suplementação vitamínica após as primeiras semanas de gestação, o que não seria o adequado, pois as alterações no feto ocorrem no início da gravidez.A pesquisa "Mutações do gene codificador da enzima Metilenotetrahidrofolato redutase e sua associação com a trissomia do cromossomo 21", conduzida pelos médicos Gregório Lourenço Acácio, Ricardo Barini, Carmen Sílvia Bertuzzo, Egle Couto de Carvalho, Walter Pinto Junior e Joyce Maria Annichino-Bizzacchi recebeu, recentemente, o Prêmio Campos da Paz, conferido anualmente pela Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. O trabalho será publicado na revista Climatério e Reprodução, a mais importante da especialidade em língua portuguesa.ProbabilidadesO estudo contemplou um grupo de 88 mães que tiveram seus filhos normais e sem histórico de abortos e outro composto de 70 mulheres em que os bebês nasceram com a Síndrome. Segundo o estudo, o grupo das mães de portadores da anomalia possui proporção maior de mulheres com mutações enzimáticas, se comparado às mulheres com filhos normais. Por isso, os resultados levaram a constatar que as portadoras das mutações têm nove vezes mais probabilidade de ter filhos com SD por produzirem menor quantidade de ácido fólico. Nas mulheres com idade superior a 35 anos, o risco fica em torno de cinco ou seis vezes maior que a população em geral.O déficit da vitamina interfere na produção do DNA que, ao ser duplicado no processo de divisão celular, não é distribuído de modo igualitário entre as diversas células filhas. Desta forma, a separação dos cromossomos nas primeiras divisões celulares do embrião ocorre de forma inadequada, levando uma célula a permanecer com um cromossomo 21 extra e outra célula com menos um deste par cromossômico. O embrião que fica com o cromossomo excedente resultará numa criança com Síndrome de Down.Ácido fólicoBarini explica que o ácido fólico não tem contra-indicação, não causa efeitos colaterais e não estimula o aumento de peso. A sua ingestão, tradicionalmente, é recomendada pela medicina para prevenir defeitos de fechamento do tubo neural dos bebês durante a gestação, que pode provocar, entre outros problemas, a abertura dos pontos da coluna vertebral. Também nestes casos, para se fazer uma prevenção adequada, ingestão da vitamina deve ocorrer antes de engravidar. "As divisões celulares ocorrem nas primeiras semanas de gravidez. As mulheres que tomam o ácido fólico depois do resultado do teste de gravidez correm o risco da anomalia já estar em processo", esclarece Barini. Diversos estudos apontam ainda a relação entre a deficiência do ácido fólico com câncer do cólon, leucemia, doenças mieloproliferativas e certas enfermidades crônicas da pele.A trissomia do cromossomo 21, um distúrbio que ocorre em um a cada 800 nascimentos, é provocado por um cromossomo extra no par número 21. A incidência da Síndrome de Down em mulheres aumenta com a idade. "Aos 35 anos uma em cada 250 mulheres uma tem chance de gerar bebês com a trissomia do cromossomo 21", diz Barini. Acima dos 40 anos a proporção aumenta para uma entre 50 mulheres. Aos 45, uma em cada 25 mulheres tem chances de terem filhos com SD.

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